Simbolismo do
Apocalípse
As Duas
Testemunhas
Ruy Lima
da Rocha
Todo o simbolismo do Apocalípse foi aplicado
com base na cultura religiosa legada pelo Velho Testamento da Bíblia, a
Escritura, estudada e praticada pelos cristãos de antigamente.
As Duas Testemunhas
foram várias conforme o compasso cíclico das revelações. Antes da primeira
vinda de Jesus, Moisés e Elias foram considerados como as Duas Testemunhas. Na época de Jesus foram Paulo e Pedro, que
inclusive, pelo grau de suas missões em favor do Cristianismo, foram
decapitados, sendo assim consagrados como duas grandes Testemunhas.
Posteriormente, na época de Jesus, num ciclo
mais abrangente, as Duas Testemunhas foram consideradas o Velho e o Novo
Testamento, bem como todos aqueles que em determinadas épocas lutaram e
defenderam o Cristianismo.
As Duas testemunhas estavam VESTIDAS DE SACO,
isto é, aqueles que estavam no apostolado da Verdade, bem como a
própria Verdade, apresentavam-se com
simplicidade, com originalidade, afirmando também com esta expressão que os
valores essenciais nunca chegam até nós com ostentação. Aliás, tudo o que tem
origem divina prima pelo simples, pelo humilde, pelo sintético e real.
Também, as Duas Testemunhas foram comparadas no
Apocalípse com as Duas Oliveiras e os Dois Candeeiros. As Duas Oliveiras
representam a FORÇA e a ESTABILIDADE dos Apóstolos, suas ações e as Verdades
dos Evangelhos por eles propagados, que são para nós a estrutura espiritual. Os
Dois Candeeiros caracterizam a luz dos princípios divinos, especificamente o
AMOR e a SABEDORIA, que vem dos Apóstolos e da Verdade para iluminar o mundo
contra a ignorância espiritual.
Antes de continuarmos na interpretação, gostaríamos de
expor aqui alguns conhecimentos que são as chaves para a seguinte pergunta: Por
que são Duas Testemunhas, e não cinco ou nove?
Porque o dois (2) significa a polaridade
universal, a diferenciação da Unidade, que expressa os opostos e
complementares. A dualidade revela-nos a mutabilidade permanente – nos ritmos –
dos elementos que compõem o universo.
Utilizando de critérios geométricos e
matemáticos podemos compreender ou conceber o princípio da dualidade universal:
--- No princípio era o Absoluto, o
Imanifestado, o zero ou círculo (O),
--- Do Absoluto emanou o Raio, simbolizando a
Vontade Divina, o primeiro impulso como consciência, o Um (I), que dividiu o
círculo ao meio,
--- O raio, o impulso Divino, ao se movimentar
(curvar) gerou uma onda (o primeiro ritmo), e assim se originou a dualidade, o
dois, que são opostos e complementares: Elétrico e magnético, masculino e
feminino, alto e baixo, luz e trevas, etc., etc..., conforme podemos visualizar
na figura abaixo a dinâmica dos opostos, necessários para o equilíbrio na evolução.
Deus ao criar (vibrar) no seu eterno movimento,
diferencia-se ondulando, como onda gera a polaridade, e a polaridade confere a
natureza eletromagnética das partículas fundamentais da energia que
proporcionam a luz, a primeira manifestação objetiva por nós percebida. Todos
os fenômenos se exprimem na dualidade, cujos elementos são sempre relativos, um
em relação ao outro, opostos e complementares.
--- A força elétrica e a estabilidade magnética
--- A força masculina e a estabilidade feminina
--- PEDRO (mágico – ciência – conhecimento)
--- PAULO (místico – religião – fé)
--- Etc., etc...
No Genesis de Moisés, nos Evangelhos, no
Apocalípse, nas leis da natureza, em
tudo encontramos relações com o princípio da dualidade, o que em outra
oportunidade trataremos deste assunto.
Mas devemos ter em mente o seguinte:
A Unidade, o um (o raio) que é a Vontade Divina
manifestou o dois (a dualidade), consequentemente a diversidade. O um deu
origem a dois, e nos dois encontramos o um: A UNIDADE DA DUALIDADE.
Expomos esta pequena síntese
filosófica-científica, no intuito de podermos concluir com mais clareza sobre o
tema, a seguir:
Por incrível que possa parecer, as Duas
testemunhas neste final e transição de ciclo são UMA SÓ, ou melhor, os vários
aspectos das revelações encontraram-se na UNIFICAÇÃO da Religião de Deus. Todos
os sacrifícios dos mártires, bem como as verdades por eles defendidas e
propagadas culminaram na Quarta Revelação, graças à atuação do Páráclito na
nossa evolução. ALZIRO ZARUR – O
Unificador, assim consideramos por ser o porta-voz milenar deste trabalho gigantesco,
que proclamando a Religião do Novo Mandamento e toda a sua doutrina, fez de
cada Legionário integrado, por extensão, uma testemunha da verdade contida nos
preceitos da Religião de Deus.
O Apocalípse de Jesus, na sua missão gloriosa e
como planejamento Divino, prescreveu todo esse processo cíclico de evolução.
Como colocamos anteriormente sobre a dualidade, nela encontramos a unidade
subjacente, assim, no processo cíclico de evolução de mais de seis mil anos,
todas as diversidades religiosas convergiram para a unidade do Novo Mandamento,
a Religião da Unificação, o Cristianismo do Cristo.
Doravante, qualquer idéia, para que tenha força
e estabilidade perante os séculos vindouros, deve estar pautada na unificação
da única Religião do Amor e da Sabedoria Universal originária do Cristo.
As Duas Testemunhas vestidas de saco e
sacrificadas por 1260 dias ou 3,5 anos (símbolo de período de tribulação e
perseguição em cada época), de 1949 em diante passaram a ser antecipadamente
vitoriosas, ficando desta assim implantado definitivamente o Reino do Cristo na
Terra, como Ele mesmo prometeu: “Eu colocarei o meu Tabernáculo no meio de
vós”, e, “Eu voltarei a vós” (nos seus corações pelo Novo Mandamento).
O modelo Divino (Jesus) veio à Terra e depois
de dois mil anos seu Ideal culminou na ultima revelação do grande ciclo – A
Religião de Deus. Agora não haverá mais crucificação, mas Justiça Divina. A
redenção agora é interior: a cada um segundo as suas obras.
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