Para aqueles que no mês de dezembro costumam desejar Feliz Natal, é bom sabermos o seguinte:
25 de dezembro é uma data simbólica do nascimento do Mestre, não há registro real sobre tal data, aliás Ele nem nasceu por via genética, mas apareceu, materializou-se entre nós, um mecanismo de transição dos níveis fundamentais da energia que só o Mestre pode realizar.
Esta data foi fixada pela igreja primitiva como um atributo ao mito solar, aos mistérios astrológicos de Mitra, o Sol, rei ou regente solar sustentador da vida planetária, que no solstício de inverno nascia potencialmente, tal fenômeno tornou-se, comparativamente com o nascimento do Mestre Jesus.
Para a Cristandade moderna natal não é mais nascimento, mas renascimento, isto deve ser entendido relativo as mensagens do Mestre, principalmente o seu Novo Mandamento, que deve renascer em nosso íntimo a cada dia, assim como o sol. Por esta razão foi que Alziro Zarur lançou a idéia do Natal Permanente, o Amor Universal em nós em permanente ação.
Deduz-se que o natal não deve ser essencialmente um acontecimento exterior, mas uma realidade interna, o renascimento ou a volta consciente do Cristo, do despertar do segundo princípio da Trindade, o Amor Universal, dentro de cada um. A Cristandade deve se reorientar para conceber a felicidade natalina como um constante evento da consciência desperta.
Se insistirmos na prática natalina de uma cultura tipo medieval, intensificando o consumo de comidas, bebidas, enfeites e presentes, saibamos que estamos contribuindo de forma inócua e negligente com a inversão de valores há muito tempo implantada pelo espírito do falso cristo. E se assim continuar, estaremos trocando o renascimento pelo falecimento da razão.
(Ruy L. Rocha)